domingo, 31 de agosto de 2008

Naima

You really can´t go wrong with a lemon pie.

It´s really good, or just good, but it never tastes like shit.



Ta bom ja to cansado de escrever profundidades inuteis, pra mim.

Naima tem um som profundo e tocante, mas nao entendo como...

Queria ter o pao e o pedaco, nao digo nao quero tudo sem compromisso e nao posso mais...

Mas vai dizer isso pro constante incosiente de querer matar o respiro que se sente na nuca, o olhar distante de desconhecidos e a maneira louca de pensar e quebrar cadeiras em suas cabecas, o som profundo de Naima me toma como uma cura nao real, como um desconhecido toma os olhares de mulheres loucas de desejo tentando encontrar alguem que as queira simplesmente e as abracar, sentir as pernas peladas e quentes entrelacadas entre as suas em um domingo de sol, o constante movimentar de corpos em manha quente de inverno, pre dizendo uma primavera que ainda nao chega para a grama seca e mal cortada de meu jardim...

Ainda sao 07 da manha e ponho meus bracos por cima dela, os olhos abrem mas nos mantemos assim na mesma posicao, até trocar e sentir todo o calor do corpo em concha, pes qeuntes cheiro de sexo da noite anterior, bocas secas de alccol e ainda desejo, cheiros de desejo em dedos e boca, dedos roidos e ansiosos...

sombrancelhas altas e boca carnuda, uma mirada excitante, um constante pensar em transar emcima de mesa de qualquer bar do centro, mas ainda sim um constante libertar de pensamentos amorosos, um contante querer ficar só para escutar Naima e escrever sobre idiotices, escutando versos de Giant Steps, sentindo-me uma formiga em um formigueiro crescente e sem sentido, sentindo as maravilhas da liberdade e independencia de nao ter para onde ir de simplesmente andar sem sentido na longa estrada cheia de elevacoes e curvas e baixadas e terra, lama, asfalto, sinais, neblinas, sol, céu azul, manhas com cheiro de maresia e pés de areia, bichos, canelas manchadas de lama e uma constante dor nas costas porque esqueci de trazer um colchao aqui pra essa ilha imaginária e acordo as 8 da manha com uma resaca incrivel de cachaca e cigarros e de repente vejo uma amigo que me olha la dessa ilha imaginária e distante e me ve aqui ouvindo Naima e escrevendo esse monte de merda depois de comer uma torta de limao da mae de um amigo.

Tortas de limao.

E ai penso se eu o descompromissado que nao faco tortas de limao para meninas lindas que me querem dar o céu e o inferno da paixao, mas sim fazendo uma feijoada para um bando de marmanjos e dizendo pra eles que a verdadeira feijoada se come com arroz, farinha de mandioca, couve dois ovos fritos e uma banana. A tecnica pra comer isso seria juntar tudo numa garfada e ter um orgasmo astronomico e gastronomico que te leva até as mais distantes lembrancas, te comer os sentidos como voltar a brincar de bola nas ruas de Sao Bernardo do Campo, de lembrar a escada cor cinza da casa, de lembrar os pensamentos em cartolina que eram colocados nas paredes pela mamae, na prateleira madeira marrom que ficavam os brinquedos, da pequena varanda tao quente quando brincava com bonecos e fazia de vida deles a sua...



Atordoantes sao os sons de sax e trompetes, fazem minha cabeca girar mais e mais rapido e me envolver de ayahuasca com uma bola de psicodelia, me faz abrir a boca inteira e sentir a serpente entrar pelo me cerebro e me fazer levitar por tempos que nao compreendo, me deixar babando depois em estado de extasis e me fazer ver maos gigantes e enxergar de olhos abertos, ainda nao consigo fazer sentido em tudo que sinto e que vi, cores rosas e amarelas fugando de meus olhos que ja nao tem iris, mas veem sem nenhum sentido de dimensao normal...



Faco tudo isso pra fugir de pensamentos de termino e dizer que na verdade a quero e gostaria de ser sincero, mas a minha busca interminavel nao quer terminar de sentir os ondas de adrenalina de uma juventude de ondas de iniciacao cada vez que olho um mar de maneira difderente, cada vez que vejo uma rua de terra com cadeiras de plastico que nunca antes vi, nao entendo.