terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Poesia de Banheiro - M.

Hora do almoço
Ressaca do fim
De semana
Ótimo que eu tive
E que no fim
Discuti comportamentos
Sobre auraPré-menstrual
E olhos de duvidas

Hora do almoço
Comi pasta
Comi pêssego
E tomei café
Com cigarro
Pra ver alguém
E me apaixonar
À primeira vista
E me esquecer
Numa ginga de bunda

Hora do almoço
Parece que pra mim
Só existem as morenas (ou uma)
Esse tom de pele
Café com leite
Que vira chocolate
No verão lindo
E esse cabelo escuro
Castanho e olhos também
Parece que só isso me leva
Pra você meu filho moreno

Hora do almoço
Eu a vi
Seu sorriso, seus olhos
Cabelos e sua bunda
E mais uma vez
Ginga com
Calca cinza
Uma calcinha linda (eu suponho sonhando)
Pensei já, na gente na praia
Eu te olhando
E você sorrindo (com dentes lindos)
Os dois na água

Hora do almoço
Pensei em você
Brasileira
Pensei em você e eu
La em casa num dia (minha futura)
De verão
Uma garrafa de cerveja
E sexo na pia da cozinha
Muito sexo
Muito sexo
Muito sexo na pia
Da cozinha

Hora do almoço
Pensei em eu apaixonado
Morando em São Paulo
Já longe da vida
De viagens
Viajando com você
No meu colo pra
Próxima estação
Em Katmandu
Ou ali num jogo
No Pacaembu (ou parque antártica)

Hora do almoço
Na verdade eu não sei
Se meu coração bateu mais forte
Por alguém
Talvez fosse por uma
Utópica vida em comum
De novo no Brasil
Tomara que ela não tenha
Namorado, não esteja
Namorando e que eu
Não me decepcione ou
A decepcione na primeira palavra dita (que troque com ela)

Hora do almoço
O que seria dessa
Hora do almoço
Com sol forte
Sem uma pessoa como
Ela
O que seria dessa
Hora do almoço
Sem uma luz
Assim
Nem sequer trocar
Uma palavra
Isso tudo foi em um oi
Isso tudo foi
Em um sorriso.

Poesia desde a Janela

Mais uma vez o dia passou
As janelas depois das minhas janelas
Não se moveram
As pessoas dentro de seu cubos de vidro
Não se moveram
Parece que até o sol
Não se moveu
Continuou brilhando sem tempo perdido
Era bom
E minhas janelas
Olharam outras janelas
que também não se moveram
que lhes faltou cor
pra brilhar o reflexo
da luz
do sol
que não se moveu
continuou brilhando
seu tempo perdido

Pensamentos no Banheiro

(Banheiro)
Paro e olho
Fito como uma câmera
Nos tubos por cima
Da minha
Cabeça
Nesses tubos correm
Água e
Merda

(durante show)
Pelos soltos
Meus músculos se
Contraem
Fico colado com
A música
E não a ouço
Enquanto me conta
Sobre suas experiências
Que inconsciente consciente
Não quer escutar

(família)
Veja seus efeitos
Defeitos nele
Que estão em mim
Mas eu sou eu
Apesar de serIgual a ele
E não querer ser
Quando ele fala
Com ela
E desconsidera
Toda sua intenção

(escrita)
Historias não são boas de contar
São difíceis de entender
Por sua
Objetividade
Voar nos céus
Da poesia
São lindas de entender
Por sua
Subjetividade
Que da
O Sentido coletivo

(musico)
Ele esta lá
Em cima
No topo da musica
Aqui embaixo
Ainda come
Carne e vegetais
Seu olhar vago
S ó se enche
Quando se senta
Tranqüilo com os seus
Sem ter que sorrir
Sem vontade

(sexto e sentido)
Aqui completo seis
E trabalho todos
Os dias
Tentando ver mais além
Do topo dos prédios
Metal e vidro
Tentando ver além
De terrenos baldios
E de pensamentos
Constantes que
Apagam minhaCriatividade.