terça-feira, 19 de junho de 2007

Frenezi Alcoólico

Um chope de 500ml - cai um pouco na camiseta. Antes, como não poderia deixar de ser, belas, rápidas, porém vagarosas doses do elixir de cana - a cataia.
Liga o carro e leva no colo uma garrafa de água de 500 ml cheia de Xiboca com muito gelo.
Antes de entrar no palco novamente, dê pequenos goles daquela cachaça da fábrica do seu amigo. A melhor parte dela é que é de graça. O pai desse mesmo, tem mais ou menos uns 5.000 litros de cachaça de ótima qualidade em casa, pronta para ser curtida em qualquer tipo de erva, fruta, folha e pronta pra deixar qualquer viagem bem mais divertida.

Solta-se com 2 garrafas bem geladas de Skol.
O frenezi alcoólico toma conta de toda a geração. Que Beleza! Que Beleza! Como diria as fundas olheiras de Tim Maia.
Chama-se a geração da Internet. Ou não? É difícil conceituar que nós viemos da ultima infância analógica como diria a mãe de um amigo meu (!!!M...) numa padoca dessas da vida. Para mim é a ultima infância de bola de capotão.

Hoje a internet é um caminhão ou uma nave espacial a todo o vapor, capaz de explodir qualquer um a qualquer momento, mas também capaz de criar maravilhas de criatividade e inovação.
Eu, por exemplo, estou aqui conectado ineterruptamente.
Não que não sai da frente desse longo video que mais parece um bando de cores deslocadas quando se olha fixamente por uns 30 segundos.
Mas é porque o livre arbítrio, que o Jesus, o GLORIOSO (!!) Deus ou o Bush, nos deu de poder escolher o que se quer ver é muito mais divertido do que a TV com alguns canais abertos e também mais divertido do que 160 canais a cabo que não passam nada além de cocô puro. Aquelas merdas bem moles e fedidas que você faz depois de uma longa noite de abusos alcoólicos.
A única coisa que me faz rir na TV são os desenhos adultos...e o pornô é claro.

Mas voltando ao Frenezi.
Uma bela dose de Vodka com energético vai me fazer passar por mais esta noite, nessa boate badaladíssima e cheia de pessoas SUPER legais. Só mais essa dose, pra que todos me vejam com outros olhos.
Existe muita gente que passe a vida interia dessa maneira!! É incrível!!
O Frenezi alccólico toma conta da última geração analógica, da geração da bola de capotão.
Mas ele sempre esteve ali, muito antes de eu nascer. Mas muito, muito antes mesmo!!
É que só quando se passa a entrar nele que se vê o seu poder. É como Munhá - o de vida eterna!

O alccol com suas propagandas prazerosas, com gostosas e gostosões que estão prestes a se comer de tanto tesão, mas só depois de dar um belo gole da garrafa.
O alcool é uma droga perigosissíma. Deveria ser banida pelas melhores e piores razões, mas isto esta muito longe de acontecer. E na verdade não é isso que eu quero.

Como ainda gosto de tomar aquele cerveja bem gelada, vou tentar convencer esse pai do meu grande amigo, de curtir os 5.000 litros de cachaça na folha da cataia que vem da nossa querida ilha do cardoso e, acredito eu, de mais algumas outras ilhas que por lá também estão.
A cataia, com uma bela campanha publicitária se tornaria a bebida do momento, a nova onda ou como diria meu pai, nos coloridos e distantes anos 60 e 70, o bicho!
A cataia te leva a momentos psicodélicos realmente. Acho que ela deve ser mais parruda que o famoso Absinto.
Faz você sair do corpo literalmente.

Já consigo ver com a ajuda da matéria prima desse meu amigo, a imaginação e criatividade de amigos publicitários e cineastas que poderiamos levar a cataia ao Olimpo!
Seria uma campanha milionária e com certeza serímos comprados, nos tornaríamos mercenários e jogados as traças por 10 milhões de doláres, mas o comprador não seria a grande Ambev ou sei lá como se chama agora. Quem nos compraria seria o Google.

As melhores boates e casas de show vendem CATAIA!
Seria lindo e triste vê-la nas mãos de Patrícias nas melhores noites do sul.
Seria lindo e triste ver em que elas se transformariam - as Patrícias e a Cataia.
O frenezi alcoólico!

Paro por aqui.
Tomo uma bela xicará de café moderado. Feito na hora.
Fervo o leite e coloco junto.
Pego bolachas maizena e xóxo (molho) na mistura.
Estico a lingua na altura do copo pra que a bolacha mole não caia no Livro da grande caçada.
Isso mesmo.
Eu sou café com leite.
E como constatado no texto, o meu ponto forte é o não derivar de assuntos.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Palácio

Portas simples de Palácio,
Palácio de energia grande e rica,
Palácio de tradição, de nostalgia.
A 70 e poucos Palácio...
Aconchego de uma cerveja no Palácio.
Garçom!!!
Por favor anota ái!!
Assuntos, dúvidas, gargalhadas, um contra-filé a milanesa e mais uma cervejinha por favor!!
Tudo regado ao bem estar
Risos soltos...
Alegria gostosa e tranquila de estar vivo,
Vivo nessa esquina de mundo...

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Tarde em Itapoã (aka - Tarde em uma praia de Floripa)

No sábado me senti como Calasans Neto quando falou sobre sua relação com Vinícius de Moraes em Itapoã na Bahia:

"...todas as manhãs nós conversávamos até o fim do dia. Mas conversávamos sobre o que?
Conversávamos sobre as coisas que a vida tem de boa, as coisas amenas...então não queríamos mudar nada, queríamos aceitar a vida como ela era: gostosa, morna, engraçada...então a nossa conversa era sobre como a gente podia ver um dia em Itapoã...era do nascer do sol ao morrer do sol, as vezes sem fazer absolutamente nada.
Chega um tempo que você descobre que o bom é não fazer nada, é ver o dia passar.
No dia que você consegue, como nós conseguíamos, eu e Vinícius, conversando sobre amenidades, ver o dia passar da manhã atéééé o sol se por, é quando você realmente ta tranquilo, aonde você não é neurótico, aonde as coisas estão muito mais presas no seu intimo...então essa era a nossa vida em Itapoã..."

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Texto Louco de arquivo após overdose de Superagui

Eta pessoal bom aquele. Parecem comigo no momento.Parece que somos iguais, querendo o mesmo, lutando para contrariar a própria realidade que nos é tão boa, mas que nos afasta dos reais problemas que todos enfrentamos, ou melhor, nos traz cada vez mais perto e nos cega de não querer ver.
Esses tempos ainda pensei o que se é bom ler. Que nunca vai-se ler tudo e nem todos. Mas o que ler então?
Que tal um trabalho totalmente disconexo e sem condições de estruturação nem cronologia correta de pensamentos. Quebra-se aqui qualquer tipo de padrão de escrita ou de pensamento lógico.Uh, mas isso é bem lógico.
Tira-se uma foto do momento do agora. É assim que estamos. Informação demais.
Tive uma overdose de superagui essa semana. O feriado passava com um flashback de acido, só que sem ácido. A vida é representar muito mais do que é. Momentos bons duram muito, não pouco e são sensacionais, não sei o que dizer deles. Pura mágica.
Livre de qualquer tipo de amarras com qualquer tipo de sociedade. Somos todos os mesmos animais, comportamento ANIMAL típico de seres humanos. Engraçado. Humano. Essa cabeça com seis buracos que gira cerca de 180 graus, talvez mais. Algo ridículo em torno de um ser que pode ser maior na vida, seu ego inflado. Como? Parai eu não entendi. As pessoas se acham melhores do que outras nesse mesmo lugar do universo onde somente!!! somente!!! vive uma raça dominante de animais. Vamos dissecar tudo e morrer junto. O Superagui rendeu o pensamento da semana. A Revolução Digital. O fim desse arcaica maneira de ter. O papel e o metal. Tudo além toma forma de dado. Encurtando a história, pode demorar, mas nos ficaremos iguazinhos aos jetsons ou ao star treck. Na ocasião foi falado que em séculos irão dizer que pessoas freqüentavam ilhas nos chamados “feriados”, tocavam instrumentos rudimentares, jogavam jogos de cartas e bebiam derivados de cana.
Somos parte do passado já presente e existente. Sou história.
Penso na raiz a na luz ou trevas encontradas. Pulo de uma ponte de braços abertos para qualquer passaro que cruzar.
Difícil de encontrar, assim não sei o que ocorre. Já estou derivando, sonhando acordado literalmente palavras sem pensamentos específicos. Somente pinceladas de tudo que entra e sái da cabeça. Kundu Nerve, it´s the nerve of awarness.
Estou muiito feliz mas não encontrei o estado. O estado acima de todos os estados além de qualquer percepção relativa a realidade e conectada com o mundo de hoje. É impressionamente. ahahahah!! Impressio na Mente!!!! ahahahahaha!!!
Com relação a revolução digital me vi inumeras vezes com cabos conectados a cebça boca e qualquer outro tipo de orifício do crânio. Me sinto cada vez mais dependente. Você gosta de alface crua, com gosto de verde e crua e não com gosto de sal.

Lembranças

Estados livres de consciência.
Experimentação livre de pretensões e expectativas.
Quero sair hoje a pé.

Lembranças da Bahia

Aquela poça que com as sombras que faziam numa noite claríssima de lua cheia, ecoava uma voz dizendo: eu pareço o buraco em que carrego a outra consciência, a outra dimensão. ahahahaha!!!
Pessoas andando como zumbis pelas ruas de Itacaré!!! Vimos até um robo que se vestia de batuqueiro da timbalada.
Isso sem falar nos mineiros que diziam querer ver rainhos.

Lembranças de Pontal

Eu dissse:
- Estamos andando na merda do mundo!!!
E ele disse:
- Não essa é a coisa mais maravilhosa do mundo!!!

Não adianta lutar!! Aproveite!
Pulando feito macacos com navio que mais parecia uma arvore de natal, a lua tão perto como se dizendo oi e o som estridente de tambores, baixos e guitarras de cordas esticadas que produzem um som estridente e por fim distorcido.
Tinha uma fogueira enorme no fundo. Mais de 150 pessoas aos rodopios, descalços na areia, com calor no corpo, gritos e risadas de tribo...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Coração na boca

Antonio tinha um mês de maio. Um mês de maio estranho. Aqueles maio que a descrença, quietude e dúvida se espalham no semblante. Aí já se sabe o que acontece. Ele se torna voz do corpo e se reflete em energia.

Sei lá. Acho que o SER humano, sente o cheiro disso. Ou não sei, a vê não vendo.
Como naquele dia que eu vi o som do avião passar lá fora, dentro d'água no campeche. Eu vi.
Como quando o nosso querido Aldous ingeriu botões e conseguia dizer, olhando pra uma estante de livros, que cada um deles estava iluminado de maneiras diferentes e com diferentes intensidades. Pera lá.....mas aí ele estava em outro plano.

Bom...voltando ao Antonio.

Junho começa bem pra Antonio. Parece um mês diferente. Quem sabe é a lua que esta cheia.
Então hoje antonio se encontra num terreno o dia inteiro.
Ele vê o movimento da terra pra lá e pra cá. A terra...a terra mesmo. Uns pedações meio pretos/roxos, outros cor de vinho e outros ainda com aquela cor de caramelo bonita.
O sol clareou o dia e cegava os olhos o todo tempo.
Antonio sentiu-se bem. Como um novo começo.
O que fica claro quando se começa algo pela primeira vez.

Trocou conversa com estranhos simples, mas de muito conhecimento. Ótima companhia.
Se divertiu com eles, tentou saber de suas vidas, ouviu piadas, dividiu um "paiero", dividiu o otimismo e o insentivo em crescer, em poder confiar.
Ouviu também histórias sobre caloteiros e se impressionou ao saber que a morte os serve na opinião de quem não recebe.

Antonio se sentiu otimista com as possibilidades do amanhã, essas que a algum tempo só passavam de um nevoeiro espesso.
A revista, amigos em comum, a internet, os indicadores da economia e aquele antigo chefe. Todos ele disseram que esse é um PUTA NEGÓCIO!!
Antonio acredita. Antonio comprova. Antonio se entusiasma e começa a traçar planos.

Hoje antônio recebe uma carta que esperava a algum tempo, mas que não chegava.
Ele a esperava muito. Mas hoje, quando ele a viu na boca do cachorro ele pensou duas vezes.
Pensou que a carta poderia mudar tudo.
E no fundo ele não gostou - apesar de ainda não abrir a carta.

Sentiu a boca seca, ouviu as pupilas dilatando, o coração batendo cada vez mais forte, o estomago revirando, tudo quase saindo pela guela. Olhou pra trás pra ver se alguém também tinha visto a carta mas era impossível, pois ele estava sozinho em seu quarto, enquanto todos tomavam banho para se esquentar da noite mais do que fria de outono.

Sentimentos estranhos invadiram a noite e ele não conseguiu entender porque sentiu tudo aquilo.

Foi medo que eu sei.

Medo de que??

Sei lá...medo da incerteza, medo do novo.

Mas voltando aos autores que ditam... ele se lembrou...do querido castanha. Querido castanha, antropólogo que viveu entre os indios, disse que o homem tem que vencer 4 grandes batalhas.
O medo é a primeira delas.
Não que ele siga o senhor castanha. Mas se lembrou disso e o pulso e a ansiedade baixaram.

O telefone vai tocar amanhã. Pediram a Antonio uma resposta em breve.

A vida é engraçada!! ahahahahahah!!!!
Se quer tudo e ao mesmo tempo nada, só o normal. A cama, os momentos e os tragos.
Depois quer embora.
Quer, embora, ir embora não é fácil.

Viva a emoção e a razão!!! Viva o turbilhão!!!!
Que loca vida essa de não se saber de nada!!!

Sinto saudades de tudo!!!

Cerveja gelada naquele copo clássico,
aquela cadeira amarela,
pela manhã pingado e manteiga
o sorriso e a conversa...ahhhhhh!!!!!
...ahhhhhh!!!!!O Coração quase me sai pela boca.