domingo, 11 de novembro de 2007

Pelados e pensamentos bons em Santiago

som abafado do seu reggae
me deixam no estado
voce olha minhas fotos na parede,
enquanto eu faco a comida e olho pra sua bunda...

vc vira e eu continuo olhando...
que bunda mais brasileira nessa chilena, penso.
me encho de guacamole e tacos, saiu bem.
fumo cigarros e baixo a guarda.

ficamos ali mesmo pela sala...que noite de calor...
foi uma discografia inteira de bob e nati...suando....
que gostoso, que bom quando tem algo assim...
vamo se embalar que a vida ta boa...

pelados em santiago
peladas em santiago
pelados em santiago
peladas em santiago

no dia antes do final dessa semana
dance se quiser dancar,
e dancei muito, muito, muito..
tudo e todas passaram pela minha cabeca

olhos fechados por tempos e flashs de todos
passavam sanamente pela minha cabeca...
fiquei feliz, ouvi aquele apito e aquela cuica...
roubei um beijo que foi uma coisa!

aquele apertado, molhado desde o principio
vivendo o recado bonito
com gosto e tesao...aquela musica atras...
separavamos e dancavamos nos olhando, rindo...

to de bem...
to de bem com a vida meu amor...
que venha o senhor JB e me encha de samba e brasilidade...
de funk, de soul, de tudo que esconde...

meu chapéu!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Metro

Caras publicas e vistas
Caras de indios, pessoas publicas
Publico, povo, púbico...
eu e todos amontoados como esperma no saco!
Ah! doce e venenoso erro de Transantiago...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A caminho do Peru

Ah! Saudade loca que me deu!
Semana em ritmo de coisa boa,
em ritmo de andando, de musica...

Dai hoje antes de ir pra Lima, aquela dos Incas me veio aquela coisa linda cantada pelo Lenine:

Voltei, Recife.
Foi a saudade que me trouxe pelo braço.
Quero ver novamente vassouras na rua abafando.
Tomar umas e outras, e cair no passo.

E dai me vem essa e me da um tapa na cara e outra um chute na bunda:

Chegou, chegou...
A nossa tribo é o tambor que acorda o carnaval
bebeu, sorriu, cantou...e organizou o cartel do alto-astral

você que nada e não morre na praia
você que é da gandaia, me diz,
você que é do prazer, abra os seus olhos pra vero lado iluminado do país

o Rio de Janeiro continua rindo
é fevereiro e o Suvaco tá na rua
Até o Cristo lá do alto vem seguindo
abraçando o sol, até beijar a lua

aqui qualquer tostão faz uma festa
aqui, qualquer maluco é cidadão
aqui já tá tão bom, se melhorar não presta
só falta consertar o resto da nação

Valeu lavar o verde e o amarelo
Valeu atravessar noventa e dois
Me beija, me dá um gole de cerveja e o resto deixa pra depois

É bundalelê, é bundalalá
vou no vácuo do Suvacoaté onde me levar
É bundalelê, é bundalalá
juntei a triboe tô aqui pra anunciar

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

era

Se mantenha com o velho, a musica
com o simples, areia e madeira
esqueca do secundario
ouco a musica da lembranca, de dentro

o que me sobra de tudo isso?
consumo se transforma em lixo
consumo me transforma em lixo
sacrifico tudo, o que é melhor?

ja estou na mesma onda
ouco risadas de meu alterego fotografo
xamanico sentado a mesa
risadas porque trabalho de camisa

nele vejo meus dentes tortos
oculos cool, pernas cruzadas
10 anos ganhos, 10 anos perdidos
pela bronzeada, vivida

aventura verdadeira simples
a verdadeira volta de bicicleta
a casa velha, janela de madeira
encanamento com problemas

gritando com o cachorro
levando pra praia, usando-o
minha camiseta xadrez
de volta comigo mesmo

existe alguem que compartilha isso?
poderia viver na pura vida
na cidade maravilhosa
sem ser neurótica, em paz

quero vitrola, tudo velho
a quila, a bóia, lareira de pedra
o novo nao me consome a alma
exemplo de cunhado paisagista

existe um homem andando-me por dentro
um homem sem camisa, de bermuda
pronto pra colher um limao pequeno, amarelo
eu sou o xama, aquele homem

eu sou o homem tomando a cerveja
cavando os buracos de petroleo
consumindo o mundo
tirando a sangue o rosto de todos...

Ouvi dizer

Agora tomo vinho depois que 2 meninas saem do apartamento...
Restos de comida e cigarro aceso...

Ouvi um dia desses que a camisinha é o sapato de cristal da minha geracao...
Vc conhece alguem, coloca, transa e joga fora...
analogia....
hummmmm....que ?

domingo, 30 de setembro de 2007

Em homenagem a igreja

Tive uma ideia pra uma camiseta, um poster, um outdoor...qualquer coisa que de pra colocar uma imagem....

No meio da imagem tem um homem vestido de uniforme ou vestimenta, conversando com indios, pessoas pobres, pessoas magras, africanos de tribos....
Seus olhos transmitem paz impressionante aos necessitados. Estes, com olhos desamparados....
Esse homem tem um livro aberto na mao....

No plano da frente existe uma multidao, uns parecem a favor do que veem, outros nao....
Parece que ha toda a historia nesse plano, da idade média a idade da robótica, da tecnologia....
Atras do homem a um grande trono...vermelho e dourado....nesse trono ha uma homem bem vestido, protegido por um vidro, ele se cobro de ouro, veludo e seda.....
Caindo sobre sua cupula de vidro, existem recibos mil, notas de banco, extratos, cheques, dolares, reais, pesos, ouro, diamantes, acoes....
Na sua cara uma mistura de sorriso de satisfacao, uma cara de quem comeu e nao gostou e um meio franzido malicioso e malvado....

A que linda visao do céu.....
Salve o livre arbitrio.....

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Graças ao tarrafeador (A ilha perdeu, mas ganhou)

Casa de madeira chama por mim
Fumaças acendem meus sentidos
Tudo envolta da grande mesa de mosaico
Fumaças contra mosquitos

Tudo aqui remete ao capitão
Tudo aqui remete ao mar...
Tudo aqui me energiza
Deitado uma voz me chama...

Vem pra fora e tarrafea diz ela
Vem tentar...
Lua cheia traz uma cor roxa, a areia
Água na canela, silencio

5 paratis pra mim e 30 pro tarrafeador
Risadas a parte, a brisa è comovente
Costas anestesiadas por picadas...
Que saudade daquelas picadas...!!!

Pescado fresco e cabeças ao mar
Farinha, alho, limão...
Uma cerveja pra refrescar minha garganta
Não me falta mais nada...

Agradeco sempre ao capitão
Ao tarrafeador e a tripulação
Por tantos momentos de alegria...
Pelos meus pés no chão...

Fala garoto!
A famosa mágica da faca..
Uma cachaça de barril
Uma cachaça de garrafa...

A ilha infinita perdeu a poucos dias
Sua mais bela criação
Aquela casa de madeira com traços azuis
Aquela bóia, aquela quilha, a famosa armadeira

Mas propagou a espontaneidade
O jeito simples de viver, o jeito simples...
Propagou o riso largo, a loucura
A comida, a fartura e assim foi...

Se foi, mas se foi pra que no dia que voltemos...
No dia que voltemos todos juntos ao lado dela
Lembremos que não foi ela...
Não foi a maravilhosa e verdadeira ilha da magia...

Fomos todos juntos que fizemos dela sua beleza...
E a devolvemos o que ela nos trouxe
A paz...
A infinita paz...

Agradeço ao tarrafeador,
Por sua constante troca, pela sua generosidade
De me levar junto ao pé da baia e me ensinar
A jogar a tarrafa, a se embebedar de luar..

Hoje esse mesmo esta longe...
Eu tambem me encontro longe...
Longe da ilha e da querida casa de madeira
Que tanto nos alegrou os momentos

Casa de madeira chama por mim
Fumaças me acendem a ti
Casa de madeira...
Querido Rancho de madeira...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Um Neruda qualquer

...Estoy en medio de ese canto, en medio
del invierno que rueda por las calles
estoy en medio de los bebedores,
con los ojos abiertos hacia olvidados sitios,
o recordando en delirante luto,
durmiendo en cenizas derribado...

domingo, 5 de agosto de 2007

Disconexia (??) alimentada por barco a deriva (traducao livre do caderno)

O barulho e cheiro do desodorante me transporta lisergico para Salvador. Naquela ocasiao, molhado em agua, suor e cerveja, apesar de agora eu estar limpo, cheiroso e livre de pensamentos pornogràficos deixados em larga quantidade no chao da banheira do apartamento.
O samba me leva aos shows que fui de Jorge Ben. Ahhhhhh Jorge Benvindo a minha cabeca! Que delicia dancar com sua musica! Sempre sozinho me fui, mas sempre descobri no seu som o descobrimento literal da minha alegria e vergonha...sensacao incrìvel de se estar bem.
Ontem, conversando com uma argentina de certa idade e desfrutando do entendiemento do idioma muito melhor que a 20 dias atras, eu divido pensamento aprendido, nao experimentado e muito conversado com varios amigos...a òtima coompanhia de mim mesmo! Solidao? è possivel classifica-la quando tenho tanta coisa em meus novos olhos, nesse novo mundo que nao conheco?
Na verdade eu nao sei e ainda nao entendo sobre o que a musica me fala, mas me parece verdadeiramente lindo.
Peixe local, risadas locais sao simplesmente maravilhosas...
Meu equilibrio diario se resume em muito aprendizado coorporativo, que nao da pra medir se e realmente um aprendizado ou simplesmente um livro de como cortar custos, para aumentar o lucro e consequentemente se livrar de capital humano, lingua com autenticos modismos do pais e chegar em casa cozinhando algo, que somente se desperta quando se passa 2 boas horas escolhendo frutas, verduras, carnes, massas, temperos, agua e cerveja.
Ah!! esqueci de dizer!!
Tambem me equilibro com saudaveis e diarios - 1 cerveja e 1 cigarro. Eles sao importantes!
Que linda vista do futuro!! Assopro a maravilhosa fumaca da duvida!
Espero fazer parte de minha nova vida, mais um passo claro na escuridao de o que realmente tenho que fazer por esses lados da realidade, dimensao, tempo e sei la o que mais...Porque a pura e verdadeira verdade (?? - me sinto repetitivo) è que eu nao sou nada, nada verdadeiramente è muito importante.
Mas nao e suficiente olhar o doce pelo vidro de uma loja de brinquedos.
Eventualmente chegarei perto da vida de sonho, programada, com gramados, cachorros, filhos, viagens psico e nao delicas sem pensar nas consequencias...
Por enquanto continuo queimando muito carbono tentando salvar o planeta escolhando andar agora, separar o lixo agora...mas as vezes ou sempre, jogando uma bituca de cigarro na privada.
Bem vindo mais uma vez aos doces sonhos da escrita, leitura e divina derivacao da mente humana.
Fe, devocao, poesia è mais que uma festa!!
Eu realmente amo essa tal de vida.
A unica coisa que falta nesse exato momento è uma otima churrascaria de quinta categoria da minha cidade querida, servindo uma costela suculenta e um cupim pingando a oleo. Tudo regado, è claro, a uma cerveja geladissima, ouvindo a minha maravilhosa lingua local (a lingua rosiana) e amigos dividindo piadas estupidas e risadas sem motivo. AHHH...a cozinha brasileira.....
Existe um encanto constante de voar alto com a mente e traduzir o trabalho, muitas vezes tosco, dos neuronios em um pedaco molhado de papel.

domingo, 8 de julho de 2007

Chica

As primeiras impressoes do Chile sao de uma menina morena.

Cabelos pretos lisos e enrolados na ponta...
Eles sao presos desordenadamente com grampos...
Olhos pretos grandes e um pouco puxados, pequeno nariz e boca sedutora...
Quase sem maquiagem ela anda com um cachecol vermelho sangue, amarelo sol e com franjas pretas. Ele quase tampa sua boca, mas eu consigo ve-la...
Uma jaqueta marrom a protege do frio chileno de 5 graus as 5 da tarde do dia 08 de julho...
Calças pretas e justas, nao reveladoras...mas que pernas!
Tenis surrado, cano baixo e com a orelha por cima da calça...
Uma bolsa grande è carregada em volta do corpo...

Ela passa por mim e nao me ve...
Eu olho insandecido pra ela...
Olhamos pra tras juntos...
E nos voltamos pra frente...envergonhados.

Chica chilena amo-te!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Frenezi Alcoólico

Um chope de 500ml - cai um pouco na camiseta. Antes, como não poderia deixar de ser, belas, rápidas, porém vagarosas doses do elixir de cana - a cataia.
Liga o carro e leva no colo uma garrafa de água de 500 ml cheia de Xiboca com muito gelo.
Antes de entrar no palco novamente, dê pequenos goles daquela cachaça da fábrica do seu amigo. A melhor parte dela é que é de graça. O pai desse mesmo, tem mais ou menos uns 5.000 litros de cachaça de ótima qualidade em casa, pronta para ser curtida em qualquer tipo de erva, fruta, folha e pronta pra deixar qualquer viagem bem mais divertida.

Solta-se com 2 garrafas bem geladas de Skol.
O frenezi alcoólico toma conta de toda a geração. Que Beleza! Que Beleza! Como diria as fundas olheiras de Tim Maia.
Chama-se a geração da Internet. Ou não? É difícil conceituar que nós viemos da ultima infância analógica como diria a mãe de um amigo meu (!!!M...) numa padoca dessas da vida. Para mim é a ultima infância de bola de capotão.

Hoje a internet é um caminhão ou uma nave espacial a todo o vapor, capaz de explodir qualquer um a qualquer momento, mas também capaz de criar maravilhas de criatividade e inovação.
Eu, por exemplo, estou aqui conectado ineterruptamente.
Não que não sai da frente desse longo video que mais parece um bando de cores deslocadas quando se olha fixamente por uns 30 segundos.
Mas é porque o livre arbítrio, que o Jesus, o GLORIOSO (!!) Deus ou o Bush, nos deu de poder escolher o que se quer ver é muito mais divertido do que a TV com alguns canais abertos e também mais divertido do que 160 canais a cabo que não passam nada além de cocô puro. Aquelas merdas bem moles e fedidas que você faz depois de uma longa noite de abusos alcoólicos.
A única coisa que me faz rir na TV são os desenhos adultos...e o pornô é claro.

Mas voltando ao Frenezi.
Uma bela dose de Vodka com energético vai me fazer passar por mais esta noite, nessa boate badaladíssima e cheia de pessoas SUPER legais. Só mais essa dose, pra que todos me vejam com outros olhos.
Existe muita gente que passe a vida interia dessa maneira!! É incrível!!
O Frenezi alccólico toma conta da última geração analógica, da geração da bola de capotão.
Mas ele sempre esteve ali, muito antes de eu nascer. Mas muito, muito antes mesmo!!
É que só quando se passa a entrar nele que se vê o seu poder. É como Munhá - o de vida eterna!

O alccol com suas propagandas prazerosas, com gostosas e gostosões que estão prestes a se comer de tanto tesão, mas só depois de dar um belo gole da garrafa.
O alcool é uma droga perigosissíma. Deveria ser banida pelas melhores e piores razões, mas isto esta muito longe de acontecer. E na verdade não é isso que eu quero.

Como ainda gosto de tomar aquele cerveja bem gelada, vou tentar convencer esse pai do meu grande amigo, de curtir os 5.000 litros de cachaça na folha da cataia que vem da nossa querida ilha do cardoso e, acredito eu, de mais algumas outras ilhas que por lá também estão.
A cataia, com uma bela campanha publicitária se tornaria a bebida do momento, a nova onda ou como diria meu pai, nos coloridos e distantes anos 60 e 70, o bicho!
A cataia te leva a momentos psicodélicos realmente. Acho que ela deve ser mais parruda que o famoso Absinto.
Faz você sair do corpo literalmente.

Já consigo ver com a ajuda da matéria prima desse meu amigo, a imaginação e criatividade de amigos publicitários e cineastas que poderiamos levar a cataia ao Olimpo!
Seria uma campanha milionária e com certeza serímos comprados, nos tornaríamos mercenários e jogados as traças por 10 milhões de doláres, mas o comprador não seria a grande Ambev ou sei lá como se chama agora. Quem nos compraria seria o Google.

As melhores boates e casas de show vendem CATAIA!
Seria lindo e triste vê-la nas mãos de Patrícias nas melhores noites do sul.
Seria lindo e triste ver em que elas se transformariam - as Patrícias e a Cataia.
O frenezi alcoólico!

Paro por aqui.
Tomo uma bela xicará de café moderado. Feito na hora.
Fervo o leite e coloco junto.
Pego bolachas maizena e xóxo (molho) na mistura.
Estico a lingua na altura do copo pra que a bolacha mole não caia no Livro da grande caçada.
Isso mesmo.
Eu sou café com leite.
E como constatado no texto, o meu ponto forte é o não derivar de assuntos.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Palácio

Portas simples de Palácio,
Palácio de energia grande e rica,
Palácio de tradição, de nostalgia.
A 70 e poucos Palácio...
Aconchego de uma cerveja no Palácio.
Garçom!!!
Por favor anota ái!!
Assuntos, dúvidas, gargalhadas, um contra-filé a milanesa e mais uma cervejinha por favor!!
Tudo regado ao bem estar
Risos soltos...
Alegria gostosa e tranquila de estar vivo,
Vivo nessa esquina de mundo...

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Tarde em Itapoã (aka - Tarde em uma praia de Floripa)

No sábado me senti como Calasans Neto quando falou sobre sua relação com Vinícius de Moraes em Itapoã na Bahia:

"...todas as manhãs nós conversávamos até o fim do dia. Mas conversávamos sobre o que?
Conversávamos sobre as coisas que a vida tem de boa, as coisas amenas...então não queríamos mudar nada, queríamos aceitar a vida como ela era: gostosa, morna, engraçada...então a nossa conversa era sobre como a gente podia ver um dia em Itapoã...era do nascer do sol ao morrer do sol, as vezes sem fazer absolutamente nada.
Chega um tempo que você descobre que o bom é não fazer nada, é ver o dia passar.
No dia que você consegue, como nós conseguíamos, eu e Vinícius, conversando sobre amenidades, ver o dia passar da manhã atéééé o sol se por, é quando você realmente ta tranquilo, aonde você não é neurótico, aonde as coisas estão muito mais presas no seu intimo...então essa era a nossa vida em Itapoã..."

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Texto Louco de arquivo após overdose de Superagui

Eta pessoal bom aquele. Parecem comigo no momento.Parece que somos iguais, querendo o mesmo, lutando para contrariar a própria realidade que nos é tão boa, mas que nos afasta dos reais problemas que todos enfrentamos, ou melhor, nos traz cada vez mais perto e nos cega de não querer ver.
Esses tempos ainda pensei o que se é bom ler. Que nunca vai-se ler tudo e nem todos. Mas o que ler então?
Que tal um trabalho totalmente disconexo e sem condições de estruturação nem cronologia correta de pensamentos. Quebra-se aqui qualquer tipo de padrão de escrita ou de pensamento lógico.Uh, mas isso é bem lógico.
Tira-se uma foto do momento do agora. É assim que estamos. Informação demais.
Tive uma overdose de superagui essa semana. O feriado passava com um flashback de acido, só que sem ácido. A vida é representar muito mais do que é. Momentos bons duram muito, não pouco e são sensacionais, não sei o que dizer deles. Pura mágica.
Livre de qualquer tipo de amarras com qualquer tipo de sociedade. Somos todos os mesmos animais, comportamento ANIMAL típico de seres humanos. Engraçado. Humano. Essa cabeça com seis buracos que gira cerca de 180 graus, talvez mais. Algo ridículo em torno de um ser que pode ser maior na vida, seu ego inflado. Como? Parai eu não entendi. As pessoas se acham melhores do que outras nesse mesmo lugar do universo onde somente!!! somente!!! vive uma raça dominante de animais. Vamos dissecar tudo e morrer junto. O Superagui rendeu o pensamento da semana. A Revolução Digital. O fim desse arcaica maneira de ter. O papel e o metal. Tudo além toma forma de dado. Encurtando a história, pode demorar, mas nos ficaremos iguazinhos aos jetsons ou ao star treck. Na ocasião foi falado que em séculos irão dizer que pessoas freqüentavam ilhas nos chamados “feriados”, tocavam instrumentos rudimentares, jogavam jogos de cartas e bebiam derivados de cana.
Somos parte do passado já presente e existente. Sou história.
Penso na raiz a na luz ou trevas encontradas. Pulo de uma ponte de braços abertos para qualquer passaro que cruzar.
Difícil de encontrar, assim não sei o que ocorre. Já estou derivando, sonhando acordado literalmente palavras sem pensamentos específicos. Somente pinceladas de tudo que entra e sái da cabeça. Kundu Nerve, it´s the nerve of awarness.
Estou muiito feliz mas não encontrei o estado. O estado acima de todos os estados além de qualquer percepção relativa a realidade e conectada com o mundo de hoje. É impressionamente. ahahahah!! Impressio na Mente!!!! ahahahahaha!!!
Com relação a revolução digital me vi inumeras vezes com cabos conectados a cebça boca e qualquer outro tipo de orifício do crânio. Me sinto cada vez mais dependente. Você gosta de alface crua, com gosto de verde e crua e não com gosto de sal.

Lembranças

Estados livres de consciência.
Experimentação livre de pretensões e expectativas.
Quero sair hoje a pé.

Lembranças da Bahia

Aquela poça que com as sombras que faziam numa noite claríssima de lua cheia, ecoava uma voz dizendo: eu pareço o buraco em que carrego a outra consciência, a outra dimensão. ahahahaha!!!
Pessoas andando como zumbis pelas ruas de Itacaré!!! Vimos até um robo que se vestia de batuqueiro da timbalada.
Isso sem falar nos mineiros que diziam querer ver rainhos.

Lembranças de Pontal

Eu dissse:
- Estamos andando na merda do mundo!!!
E ele disse:
- Não essa é a coisa mais maravilhosa do mundo!!!

Não adianta lutar!! Aproveite!
Pulando feito macacos com navio que mais parecia uma arvore de natal, a lua tão perto como se dizendo oi e o som estridente de tambores, baixos e guitarras de cordas esticadas que produzem um som estridente e por fim distorcido.
Tinha uma fogueira enorme no fundo. Mais de 150 pessoas aos rodopios, descalços na areia, com calor no corpo, gritos e risadas de tribo...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Coração na boca

Antonio tinha um mês de maio. Um mês de maio estranho. Aqueles maio que a descrença, quietude e dúvida se espalham no semblante. Aí já se sabe o que acontece. Ele se torna voz do corpo e se reflete em energia.

Sei lá. Acho que o SER humano, sente o cheiro disso. Ou não sei, a vê não vendo.
Como naquele dia que eu vi o som do avião passar lá fora, dentro d'água no campeche. Eu vi.
Como quando o nosso querido Aldous ingeriu botões e conseguia dizer, olhando pra uma estante de livros, que cada um deles estava iluminado de maneiras diferentes e com diferentes intensidades. Pera lá.....mas aí ele estava em outro plano.

Bom...voltando ao Antonio.

Junho começa bem pra Antonio. Parece um mês diferente. Quem sabe é a lua que esta cheia.
Então hoje antonio se encontra num terreno o dia inteiro.
Ele vê o movimento da terra pra lá e pra cá. A terra...a terra mesmo. Uns pedações meio pretos/roxos, outros cor de vinho e outros ainda com aquela cor de caramelo bonita.
O sol clareou o dia e cegava os olhos o todo tempo.
Antonio sentiu-se bem. Como um novo começo.
O que fica claro quando se começa algo pela primeira vez.

Trocou conversa com estranhos simples, mas de muito conhecimento. Ótima companhia.
Se divertiu com eles, tentou saber de suas vidas, ouviu piadas, dividiu um "paiero", dividiu o otimismo e o insentivo em crescer, em poder confiar.
Ouviu também histórias sobre caloteiros e se impressionou ao saber que a morte os serve na opinião de quem não recebe.

Antonio se sentiu otimista com as possibilidades do amanhã, essas que a algum tempo só passavam de um nevoeiro espesso.
A revista, amigos em comum, a internet, os indicadores da economia e aquele antigo chefe. Todos ele disseram que esse é um PUTA NEGÓCIO!!
Antonio acredita. Antonio comprova. Antonio se entusiasma e começa a traçar planos.

Hoje antônio recebe uma carta que esperava a algum tempo, mas que não chegava.
Ele a esperava muito. Mas hoje, quando ele a viu na boca do cachorro ele pensou duas vezes.
Pensou que a carta poderia mudar tudo.
E no fundo ele não gostou - apesar de ainda não abrir a carta.

Sentiu a boca seca, ouviu as pupilas dilatando, o coração batendo cada vez mais forte, o estomago revirando, tudo quase saindo pela guela. Olhou pra trás pra ver se alguém também tinha visto a carta mas era impossível, pois ele estava sozinho em seu quarto, enquanto todos tomavam banho para se esquentar da noite mais do que fria de outono.

Sentimentos estranhos invadiram a noite e ele não conseguiu entender porque sentiu tudo aquilo.

Foi medo que eu sei.

Medo de que??

Sei lá...medo da incerteza, medo do novo.

Mas voltando aos autores que ditam... ele se lembrou...do querido castanha. Querido castanha, antropólogo que viveu entre os indios, disse que o homem tem que vencer 4 grandes batalhas.
O medo é a primeira delas.
Não que ele siga o senhor castanha. Mas se lembrou disso e o pulso e a ansiedade baixaram.

O telefone vai tocar amanhã. Pediram a Antonio uma resposta em breve.

A vida é engraçada!! ahahahahahah!!!!
Se quer tudo e ao mesmo tempo nada, só o normal. A cama, os momentos e os tragos.
Depois quer embora.
Quer, embora, ir embora não é fácil.

Viva a emoção e a razão!!! Viva o turbilhão!!!!
Que loca vida essa de não se saber de nada!!!

Sinto saudades de tudo!!!

Cerveja gelada naquele copo clássico,
aquela cadeira amarela,
pela manhã pingado e manteiga
o sorriso e a conversa...ahhhhhh!!!!!
...ahhhhhh!!!!!O Coração quase me sai pela boca.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Almoço

Pense em formandos de direito (2), comércio exterior e engenharia civil.

Coloque-os no solar do rosário a comer. R$17,01 - a conta individual.
Caro.

Café após o almoço no que costumava ser o café Ritz, mas foi comprado por uma franquia nacional de cafés.
Direito diz que isso é a desconceitualização do café regional ou do café antigo que se costumava servir naquele logradouro.
Direito diz que esse café, que antes tinha seu próprio gosto, agora tem o mesmo gosto daquele café que você toma na cadeia mundial de fast-food.
O dinheiro compra tudo.
Até o gosto do café!

Privatização é o próximo assunto.
Na mesa ao lado, sentam-se as mesmas pessoas que sentavam no solar do rosário.
Engraçado que todos nós, todos nós!! Fizemos a mesma coisa e viemos tomar o mesmo café por habito de ser aquele café antigo que direito(1) comentava.
(-) pulo a história da privatização.

Amor, casamento, namoro, homens e mulheres - em comum acordo não existe regra nem jeito certo, risadas a mil, circulo de energia.

Pausa pra um cravo e de volta a relógio das flores.
Construção e dinheiro, pausa para uma tragada.
Transporte coletivo e histórias sobre a igreja.

Almoço de sol e frio regada a boas amizades.
Aquele abraço forte e a certeza de ser ver denovo.

É isso!!

Hoje começam as loucuras do ser inconfundível ser.

Esse é o teste da minha gramática.

A idiotice e alegria deu.