quinta-feira, 4 de outubro de 2007

era

Se mantenha com o velho, a musica
com o simples, areia e madeira
esqueca do secundario
ouco a musica da lembranca, de dentro

o que me sobra de tudo isso?
consumo se transforma em lixo
consumo me transforma em lixo
sacrifico tudo, o que é melhor?

ja estou na mesma onda
ouco risadas de meu alterego fotografo
xamanico sentado a mesa
risadas porque trabalho de camisa

nele vejo meus dentes tortos
oculos cool, pernas cruzadas
10 anos ganhos, 10 anos perdidos
pela bronzeada, vivida

aventura verdadeira simples
a verdadeira volta de bicicleta
a casa velha, janela de madeira
encanamento com problemas

gritando com o cachorro
levando pra praia, usando-o
minha camiseta xadrez
de volta comigo mesmo

existe alguem que compartilha isso?
poderia viver na pura vida
na cidade maravilhosa
sem ser neurótica, em paz

quero vitrola, tudo velho
a quila, a bóia, lareira de pedra
o novo nao me consome a alma
exemplo de cunhado paisagista

existe um homem andando-me por dentro
um homem sem camisa, de bermuda
pronto pra colher um limao pequeno, amarelo
eu sou o xama, aquele homem

eu sou o homem tomando a cerveja
cavando os buracos de petroleo
consumindo o mundo
tirando a sangue o rosto de todos...

Um comentário:

Anônimo disse...

e ainda poeta, um tanto profeta, cavando mais para o fundo, procurando o meio do mundo...
vc anda realmente inspirador!