quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ela do café

Ela olha profundo
no olhos dele
enquanto estudam
o quer que seja
seu cabelo limpo
e pele sedosa, lavada
as sombrancelhas bem feitas
boca com brilho, molhada
seu interesse esta além
coloca números na calculadora morta
e pergunta se multiplica ou soma
seus olhos imaginam
e nao conseguem fugir
dos olhos dele e das suas maos
e seu peito e pulso
na sua sua cabeca ela
em lencois sujos
recebe dentro seu pinto
branco e duro
e sua buceta
molhada e latejante
um meio sorriso, um meio
frisar de testa, um meio de dor,
de satisfacao
de orgasmo futuro
ele agora fala alguma coisa
e a imaginacao dela dissipa
ela tem que responder
sorrindo
um nao sei o que de assunto
o colegio, a pessoa, o professor
e ela mexe em suas costas
mostrando um pouco do colo
branco, com pintas, suave
que espera por maos
violentas e gentis
e que apertam e arranham
e ela se ajeita na cadeira,
mostrando as pernas
e agora com a boca cheia
tagarela sem parar para, talvez,
secar sua buceta
e sua cabeca
do liquido do desejo
e sua boca agora já
nao sente ou pensa
fala coisas sem sentido
para que nao exista mais nada
para que seu desejo
vire uma outra energia
pede um croissant
come com forca, rapido
devora um pedaco de queijo
e este, é o seu desejo
do momento
ele nao percebe ou
tem uma namorada ou
é gay ou
nao sabe
muitas vezes nao sabe
o que ela sabe
e que agora já sabe
que nao quer mais
já sentiu que ele nao vale
como homem de cama
homem de forca
e sensibilidade
ela fecha os livros, serena
e vai pra casa
neve cai
pela ruas de Montreal
ela sobe escadas
com tapetes
e agora abre sua porta
pra receber
ares quentes e umidade
pra se sentir molhada
querida e desejada
e tirar a roupa
cheirar sua calcinha
molhar a boca
com agua gelada da pia
depois se olha no espelho
e seu unico desejo basta
no banheiro abre a agua
enche a banheira
e aquele seu corpo
retorcido, mas suave
entra
e colora seu rosto
esquenta suas veias azuis
nesse dia frio,
nessa condicao humana.

Nenhum comentário: