quando voce vai morrer?
cabeca grudada em aparelhos
a neve cai
e a cabeca grudada em aparelhos
o teto se desmancha sobre minha cama
e eu afundo em sonhos opiaceos
eu caio
minha cabeca se livra de aparelhos
tragedias atravessam minha cabeca
tenho espamos
vejo um bebe cair
um carro bater
um mundo sem pernas
e sem bracos
e sinto uma estranho sensacao
de usarlos freneticamente
como para se justificar
um futuro triste, tragico, dado a sorte
bom dia e boa sorte
a terra me come e sei que
na verdade nao sei o que pode acontecer
quem é voce?
porque voce nao aparece antes da minha morte
esses dias tenho estado raivoso
doloroso, nao depresssivo
um futuro tragico as vezes me veem a mente
mas tambem vejo flores, o cair dessa mesma neve
a aproximacao do proximo equinocio
a distancia desse inverno lindo e duro
que é espotaneo e nao tem consciencia
como a lua, que muda, nos muda
mas faz sem-querer, ah lua espontanea
agua e sal por favor,
um scotch, um acido, umas pastilhas
algo pra fazer passar essa era idiota
esse imbecilidade individual e estupida
esse ser minimo, essa busca incensante
pelo futuro, pelos ceus, por dinheiro
ah criador! o que foi que criastes?
ahhhh! um frankenstain de massass
ah!! preciso de torres del paine, preciso tirar o odio
preciso de um banho de mel, de ilha
um banho de buchupureo, de caminhadas e trilhas
um banho de lua e sol, um banho de ar
um banho .
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